Em 1994, quatro dos principais diretores da Pixar saíram para almoçar, mas não retornaram ao escritório apenas com estômagos cheios. Eles voltaram com ideias que, como resultado, renderiam mais de 6 bilhões de dólares em bilheteria e que mudariam para sempre a indústria da animação. Como isso foi possível? A resposta reside na Metodologia Braintrust, uma abordagem que a Pixar desenvolveu para gerar ideias e contar histórias cativantes e inovadoras.
A Origem da Metodologia Braintrust
O conceito de Braintrust nasceu naturalmente na Pixar, mas foi formalizado ao longo do tempo. Steve Jobs, que adquiriu a Pixar de George Lucas em 1986, sempre acreditou que a criatividade era alimentada pela colaboração. Por isso, ele projetou o prédio da Pixar como um espaço aberto, promovendo a interação constante entre os funcionários. Para Jobs, a chave para a inovação estava na causalidade — ou seja, a ideia de que o encontro entre diferentes mentes criativas poderia levar a resultados surpreendentes.
No verão de 1994, o diretor John Lasseter, junto com os roteiristas Andrew Stanton, Joe Ranft e Pete Docter, estavam finalizando o primeiro longa-metragem da Pixar, “Toy Story”. Durante um almoço, surgiu a pergunta: “O que a Pixar fará a seguir?” Sendo assim, a partir desse momento, começou uma sessão espontânea de brainstorming, que daria origem a alguns dos filmes mais icônicos da animação, como “Vida de Inseto” (1998), “Monstros S.A.” (2001), “Procurando Nemo” (2003) e “WALL-E” (2008).
Como Funciona o Braintrust
A metodologia Braintrust é simples, mas poderosa. Em primeiro lugar, reúne um grupo de pessoas de confiança que, periodicamente, discutem ideias e dão feedback umas às outras em um ambiente honesto e sem hierarquia. Sendo assim, o objetivo é sempre melhorar a qualidade da narrativa, e não buscar reconhecimento individual. Em segundo lugar, nenhuma ideia é considerada boa ou ruim no início. Portanto, todas passam por um processo de debate crítico, onde são moldadas e refinadas até atingirem seu máximo potencial.
Por fim, Andrew Stanton, um dos principais diretores da Pixar, descreve o Braintrust como uma oportunidade de extrair o melhor de cada participante. “Havia algo especial quando John, Joe, Pete e eu nos reuníamos em uma sala”, disse ele. “Seja para desenvolver uma ideia ou para criar algo novo, nós simplesmente extraíamos o melhor uns dos outros.”
O Impacto do Braintrust na Produção da Pixar
Depois do sucesso de “Toy Story”, os diretores da Pixar enfrentaram desafios únicos na animação de longas-metragens. Na época, os personagens humanos eram extremamente difíceis de animar usando computação gráfica, o que levou a equipe a focar em personagens não humanos, como monstros, robôs e formigas, nas produções subsequentes.
Essa decisão estratégica foi crucial para o sucesso contínuo da Pixar. Ou seja, focar em personagens que eram mais fáceis de animar permitiu que a equipe concentrasse seus esforços em contar histórias emocionantes, bem como, visualmente deslumbrantes. Esse foco na narrativa, combinado com o rigor do processo Braintrust, ajudou a Pixar a se tornar atualmente um dos estúdios mais respeitados e bem-sucedidos da história do cinema.
O Legado do Almoço de 1994
Aquele almoço em 1994, que aconteceu em um café modesto na Califórnia, se tornou uma lenda na Pixar e um marco na história da animação. O Hidden City Café, onde a reunião aconteceu, fechou suas portas em 2012, mas o impacto daquele encontro foi imortalizado em filmes como “Monstros S.A.”.
A importância do Braintrust para a Pixar é inegável. Desde sua criação, essa metodologia tem sido uma pedra angular na abordagem do estúdio para a criação de histórias. No entanto, nem tudo são flores. Recentemente, a Pixar enfrentou dificuldades, com uma série de filmes — como “Dois Irmãos”, “Soul”, “Luca” e “Red” — que não alcançaram o sucesso esperado. Muitos desses filmes foram lançados diretamente no Disney+ devido à pandemia de COVID-19, o que pode ter contribuído para seu desempenho abaixo do esperado.
Mesmo Lightyear, um spin-off da franquia “Toy Story”, não conseguiu atingir o sucesso de seus predecessores. Esse fracasso acendeu um sinal de alerta dentro da Pixar, mas o estúdio rapidamente se recuperou com o lançamento de “Divertidamente 2”, provando que ainda tem fôlego para continuar contando histórias cativantes.
O que é a Metodologia Braintrust da Pixar?
A Metodologia Braintrust é um processo colaborativo usado na Pixar para desenvolver e refinar ideias. Reúne pessoas de confiança para discutir e melhorar histórias, sem hierarquia.
Como surgiu a Metodologia Braintrust?
Ela surgiu informalmente em 1994, durante um almoço entre diretores da Pixar. A metodologia foi formalizada com o tempo, tornando-se essencial para o estúdio.
Quem participou da criação da Metodologia Braintrust?
Os diretores John Lasseter, Andrew Stanton, Joe Ranft e Pete Docter foram fundamentais na criação e desenvolvimento da Metodologia Braintrust na Pixar.
Qual é o objetivo do Braintrust?
O objetivo é aprimorar histórias por meio de discussões críticas. Nenhuma ideia é boa ou ruim inicialmente; todas são debatidas até atingirem seu potencial máximo.
Como funciona o processo do Braintrust?
O Braintrust reúne pessoas para dar feedback honesto e construtivo em um ambiente sem hierarquia. Isso permite que as melhores ideias sejam refinadas e melhoradas.
O Braintrust é usado apenas na Pixar?
Originalmente criado na Pixar, o Braintrust inspirou outras empresas criativas. A metodologia é valorizada por promover a colaboração e a inovação em projetos.
A Evolução e o Futuro da Metodologia Braintrust
Embora a metodologia Braintrust tenha sido a base do sucesso da Pixar, é importante notar que o processo também evoluiu ao longo dos anos. À medida que a empresa cresceu e enfrentou novos desafios, o Braintrust também precisou se adaptar. A introdução de novas vozes e perspectivas no grupo ajudou a manter o Braintrust relevante e eficaz.
Hoje, o Braintrust continua sendo uma parte essencial do processo criativo da Pixar, mas com um foco renovado em inovação e risco. A Pixar entende que, para continuar sendo relevante, precisa constantemente desafiar suas próprias ideias e buscar novas maneiras de contar histórias.
Braintrust: Exemplo brilhante de criação de histórias atemporais
A Metodologia Braintrust da Pixar é um exemplo brilhante de como a colaboração e o feedback honesto podem levar à criação de histórias atemporais. Desde seu início em 1994, essa abordagem tem sido fundamental para o sucesso do estúdio, ajudando a Pixar a se destacar como líder na indústria da animação. À medida que a Pixar continua a evoluir e enfrentar novos desafios, o Braintrust permanece no coração de seu processo criativo, garantindo que as próximas gerações de cineastas continuem a inovar e a encantar o público em todo o mundo.
Com informações @ Beto Saadia
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